• Adelcio Machado dos Santos
  • Divulgação

Educação Infantil VII

  • 19/06/2017
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Uma boa formação não ocorre exclusivamente por intermédio do acúmulo de cursos, palestras e técnicas, porém, é substancial um trabalho de reflexão crítica acerca das práticas e uma reconstrução permanente de uma identidade pessoal. Por isso, é tão importante investir na pessoa e dar estatuto ao saber da experiência (NÓVOA apud SANCHES, 2003).
Essa concepção aponta para a importância da história de vida individual dos educadores como referência para suas ações, bem como para a construção de uma aprendizagem significativa vinculada a sua experiência e identidade.
Ademais, aponta também para a relação entre o conhecimento novo e o já existente; a valorização da diversidade cultural; a construção de saberes a partir das diversidades; e, a interdependência da identidade pessoal e profissional.
Destarte, a formação do educador infantil impõe a necessidade de criar um espaço de interação que possibilite o desenvolvimento pessoal e profissional, articulados entre si, de modo sistemático e intencional, apropriando-se dos processos de formação e concomitantemente oportunizando um significado às suas próprias histórias de vida.
O diálogo constitui o canal de consolidação dos saberes emergentes da prática profissional. Por sua vez, a socialização dos conhecimentos prévios é condição indispensável para a afirmação de valores próprios da profissão docente.
Nesta perspectiva, argumenta Finger (apud SANCHES, 2003), a formação está necessariamente relacionada com a produção de sentidos acerca das vivências e sobre as experiências de vida.
O processo de formação do educador infantil, segundo Schön (apud SANCHES, 2003), deve envolver um triplo movimento: ação, reflexão, na ação e reflexão sobre a ação, e sobre a reflexão na ação.
A reflexão na ação é definida pelo autor acima referido como o processo através do qual os educadores aprendem a partir da análise e interpretação da sua própria atividade.
A importância da contribuição deste autor reside no fato de ele destacar uma característica fundamental do ensino: é uma profissão em que a própria prática conduz, necessariamente, à criação de um conhecimento específico e ligado à ação, que só pode ser adquirido através do contato com a prática, visto que se trata de um conhecimento tácito, pessoal e não sistemático.

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