Consoante o magistério da lavra de Machado (1994), ao discurso que vincula o cuidar da criança com sua educação, acrescenta-se a premência em definir a prioridade e o enfoque que devem ser dados às dimensões desenvolvimento/aprendizagem/ensino, à forma como estas dimensões articulam-se com uma concepção de conhecimento e ação de conhecer, determinantes na formulação de uma abordagem educativa que se concretize em projetos educacionais-pedagógicos.
É certo que, a partir do momento em que nasce, a criança passa a interagir de diferentes modos no ambiente físico e social que o cerca.
No entanto, seu ingresso em uma instituição de educação infantil o fará experimentar, de forma sistemática, situações de interação que divergem das que vive com sua família.
Ao separar-se de seus pais, para interagir com outros adultos e compartilhar o mesmo espaço com outras crianças, passa a conviver com ritmos nem sempre compatíveis com o seu e participar de um universo de objetos, ações e relações cujo significado lhe é desconhecido.
À luz da preleção de Meira (2002), uma pedagogia efetiva, voltada para a educação infantil, deve impedir que a natureza da criança seja comprometida, respeitando sempre o tempo necessário ao seu desenvolvimento.
Uma educação baseada em preceitos não adequados à sua realidade acaba por eliminar a grande quantidade de talentos que a criança possui.
Cumpre ressaltar que a trajetória da educação infantil em pesquisas relacionadas à pedagogia, que reconhecem o conhecimento científico sobre a pequena infância e sua educação, vem amealhando destaque apenas nos últimos trinta anos.
Neste sentido, Rocha (1999), afirma que se vem identificando uma grande riqueza e diversidade de pesquisa nesta área, reforçada pelas trocas internacionais e redes de pesquisa em plena expansão
Ainda de acordo com este pesquisador, redundará, no plano internacional, em reconhecimento das necessidades educativas da primeira infância e da necessidade de um alcance de qualidade para todos.
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