Foi aprovado nesta segunda-feira 20, em primeira votação na CMC, o Projeto de Lei Complementar que autoriza a Prefa Municipal a contratar mais dois operadores para o aeroporto municipal, passando de duas para quatro vagas. O projeto segue uma exigência da Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC- que ainda este mês deve fazer uma bizolhada no local, para depois emitir o certificado que credencia o Município a receber voos regulares. A matéria segue para segunda votação nesta terça-feira.
O projeto repercutiu entre os abóbrões da câmara. Alcedir Ferlin (PMDB) foi o primeiro a se manifestar. Apesar de votar favorável, ele se mostrou preocupado com os custos que as novas contratações irão gerar aos cofres públicos, já que segundo ele, o Município já gasta cerca de R$ 20 mil contos mensais para a manutenção do aeroporto. O peemedebista alertou para a necessidade de parcerias com as entidades privadas que utilizam o local, a fim de que os custos não sobrecarreguem a prefa.
O Moacir DAgostini (DEM) ressaltou que com o preenchimento destas vagas, o aeroporto poderá funcionar 24h, sendo a porta de entrada para novos investidores. "Hoje o aeroporto é um dos maiores fomentadores do desenvolvimento social e econômico da região. Caçador recebe constantemente empresários de outras cidades do Brasil e até mesmo de outros países, que precisam se deslocar de carro de Curitiba ou Florianópolis por não ter voos regulares na cidade. O aeroporto funcionando aproximará o nosso município do restante do mundo, sem contar os benefícios para a saúde, como por exemplo os inúmeros casos de doações de órgãos que acontecem e precisa-se de agilidade para salvar vidas", ressaltou.
A Cleony Figur (PSD) também destacou a importância do aeroporto para a região. "É uma maneira de lançar Caçador no cenário político e econômico nacional e, quiçá, internacionalmente. A operacionalização do aeroporto beneficiará apenas uma classe, pois hoje muitas pessoas têm as condições de se utilizar desse transporte", disse, ressaltando ainda que a abertura das vagas não significa contratação imediata dos profissas, visto que o município pode chamar os novos contratados após haver interesses de empresas em ter voos regulares em Caçador.
Ao fazer uso da palavra, Marcio JF também defendeu a necessidade do município buscar parcerias com entidades para ajudar na manutenção. "Um exemplo é a ACIC, além de outros empresários que podem ajudar o município a custear os gastos", frisou.
Por fim, o abóbrão-mor Rubiano Schmitz também enalteceu a importância do projeto afirmando que, abrir mão da contração desses profissas agora seria o mesmo que ignorar os cerca de R$ 40 milhões que já foram gastos no aeroporto. "Para se ter uma ideia, Videira solicitou recursos para o balizamento do aeroporto e foi negado, visto que já houve esses investimentos em Caçador. Nos últimos anos muitos recursos foram concentrados aqui, os quais credenciaram o nosso aeroporto a ser referência e poder num futuro próximo estar operando regularmente", disse, salientando ainda que informações extraoficiais dão conta que a empresa Azul estaria interessada em investir em linhas áreas no aeroporto de Caçador.
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