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Tiras da Civil guentam autor de morte de tio e sobrinha em Caçador

  • 11/12/2019
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Nesta segunda-feira 9, Tiras da DIC de Caçador deram cumprimento ao mandado de cadeia preventiva, de Luiz Rogério Carneiro Alves da Rosa, de 18 anos, suspeito de executar a tiros Roberto Carlos Machado de 40 anos, e sua sobrinha Gislaine Maria Vogel de 18 anos.
Ambos foram mortos no interior de um carro pertencente a Roberto, na saída de uma festa de formatura que rolou no Clube das Bochas, Centrão da cidade, na madrugada do dia 23 para 24 de novembro. O carro estava estacionado na rua Marechal Floriano Peixoto, paralela à rua São Francisco de Assis, onde situado o salão de eventos.
A Poliça manteve a prisão em sigilo até a conclusão de algumas perícias e investigações, que se findaram nesta quarta-feira 11.
As investigações foram iniciadas na madrugada dos fatos, com a apuração da suspeita de Luiz Rogério ainda no domingo, através de denúncias anônimas encaminhadas à Poliça Civil e à Poliça Militar, que repassou os relatos à DIC. Ainda, foi identificado que no ano de ,o suspeito havia atentado contra a vida de Roberto, que na oportunidade trampava como segurança privado em uma danceteria.
Também no domingo, foi obtida a informação de que Roberto Machado, vendia pequenas quantidades de cocaína em Caçador. Ele era natural do Paraná, e esteve preso de junho de 2014 a novembro de 2016 por tráfico de drogas, primeiro em Caçador e depois em Curitibanos. Atualmente, estava em liberdade condicional, porém durante o cumprimento da pena em Curitibanos, faccionou-se a uma organização criminosa.
A partir de então, os tiras da DIC traçaram duas linhas, sendo a primeira o envolvimento da esposa de Roberto, Suzana Barrili Pegoraro de 37 anos, a qual, ao encontrar o marido e sua sobrinha mortos, levou o carro e os corpos para o Hospital Maicè, acabando por adulterar a cena do crime.
A segunda linha de investigação apontava como possível motivação o tráfico de drogas, exercido por Roberto e a rivalidade entre membros de sua facção com outra atuante em Santa Catarina.
Foram identificadas e ouvidas 16 testemunhas, presentes na festa de formatura, imediações e do conhecimento das vítimas.
Foram realizadas perícias nos aparelhos celulares das vítimas, e de familiares que estiveram no evento.
Nesse momento, descartou-se o envolvimento de Suzana, companheira de Roberto. Pelos depoimentos e análise de imagens de câmeras de segurança espalhadas pela cidade, restou apurado que ela entrou em estado de choque ao encontrar seu companheiro e Gislaine mortos. Embora mulher, tendo força física e labutando na agricultura, somado ao estado de choque, retirou seu marido do banco do motora e o colocou no banco traseiro sem maiores dificuldades. Assumiu a direção do carro, e dirigiu-se ao Hospital Maicè, com o alerta ligado, buzinando a todo tempo e gritando por socorro.
Para o Dotô Delega e tiras, os depoimentos e imagens nesse sentido demonstram que a adulteração da cena do crime não foi intencional. Em razão do estado de choque, Suzana tentou desesperadamente levar as vítimas ao hospital, tanto que na Emergência retirou sozinha e apressadamente os corpos, apegada à possibilidade que ainda estivessem vivos.
A perícia do carro, bem como simulações realizadas por Tiras da DIC, demonstraram que os tiros foram realizados todos do interior do carro, com o atirador sentado no banco traseiro.
Ao total, foram seis tiros de revólver cal.38, sendo dois contra Roberto e quatro contra Gislaine.
Os dois disparos em Roberto atingiram o seu pescoço (entrada no lado direito), sendo que um projétil se alojou no cérebro, e o outro foi localizado no retrovisor esquerdo do veículo.
Gislaine foi atingida por quatro tiros, sendo três em sua cara (os quais a transfixaram) e um em sua axila (alojando-se na medula - que a levou à morte), todos da esquerda para a direita.
A partir desse quadro, concluiu-se que o atirador adentrou no carro, e do centro do banco traseiro, efetuou os tiros contra as vítimas, à queima-roupa.
Após novo exame no carro, Tiras da DIC e peritos do IGP localizaram impressões digitais de Luiz Rogério no carro.
Na quarta-feira 27 de novembro, três dias após o crime, a Poliça Civil representou pela expedição de mandados de cadeia e de buscas, os quais foram deferidos em 3 de dezembro.
Apurada a localização do suspeito, ele ganhou as pulseiras de aço e o teje preso no bairro Nossa Senhora Salete, na casa de um parenter, onde estava hospedado. Na ocasião, foi flagrado com papelotes de cocaína e torrões de erva do capeta. Como já vinha sendo investigado também pelo delito de tráfico de drogas, foi ainda guentado em flagrante por manter em depósito as drogas, embaladas e destinadas à venda.
Novas diligências foram empreendidas desde segunda-feira 9, embora a arma de fogo por ele utilizada não tenha sido localizada, foi apurada por outros meios de prova, a dinâmica da noite dos fatos de forma detalhada.

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