A Poliça Civil, através da Divisão de Investigação Criminal e da Delegacia de Proteção à Mulher (DPCAMI) investigam o desaparecimento de Nadir Terezinha Lemos Bilous de 56 anos, vista pela última vez na noite de domingo, 10 de março.
Na manhã de segunda-feira 11, o companheiro da vítima acionou os familiares, que tentaram contato com Nadir, sem sucesso. Na terça-feira pela manhã, houve o registro do desaparecimento na Depê.
Iniciadas buscas por Nadir, a agentes da DPCAMI identificaram e localizaram J.R.C., de 39 anos, na quarta-feira à tarde, acompanhando espontaneamente os poliças, e explicando que teria saído com a vítima de um boteco localizado na rua Elias Biasi, deixando-a nas proximidades de outro bareco, a cerca de 300 metros de distância, na rua Angelo Caovila, ambos no bairro Berger.
Na noite de quarta-feira 13, foram localizados por vigilantes de uma empresa, as roupas e parte da prótese dentária da vítima na rodovia Primo Tedesco, sendo acionada a Poliça e os familiares de Nadir, que prontamente reconheceram as roupas e também a prótese (devido a um defeito e um dente). A Poliça também teve acesso a um vídeo gravado no boteco horas antes, em que a vítima usava essas roupas. Em razão da pouca luminosidade, as buscas foram suspensas até a manhã seguinte.
Na manhã de quinta-feira 14, tendo em vista a probabilidade de homicídio, a DIC foi acionada. Prosseguindo nas buscas, poliças civis e peritos do IGP localizaram um rastro próximo do local em que localizadas as vestes, compatível com o corpo da vítima. Seguindo o rastro, os tiras localizaram a aproximadamente 50 metros de distância, próximo à estrada asfáltica, a outra parte da prótese dentária e um anel de Nadir, novamente reconhecido pelos familiares.
Tendo em vista esses novos elementos, JR.C. passou a ser considerado suspeito, sendo entrevistado pelo Dotô Delega coordenador da DIC. Todas as informações por ele apresentadas, foram imediatamente checadas, sendo ouvidos o dono do bareco, a mulher a quem ele diz ter confiado a vítima, além de outras testemunhas.
A única versão isolada foi a do próprio suspeito. Passou-se a tratar o caso como homicídio (não mais desaparecimento), dando-lhe o teje preso em flagrante a J.R.C. pelo crime de ocultação de cadáver, tendo em vista os indícios de que o corpo de Nadir foi retirado do local da morte.
Na Depê foram realizados exames de corpo de delito em J.R.C., apurando o Médico Perito lesão no antebraço do suspeito compatível com arranhão, de três a quatro dias, data coincidente com o desaparecimento de Nadir. No porta-malas do carango do suspeito, foram localizados diversos fios de cabelo de mesma coloração da vítima; foi realizado exame microscópico preliminar do IGP, porém a certeza virá com a realização de exame de DNA. Ainda no carango do suspeito foram localizadas gotas de sangue na porta do carona. Nas calças e nas botinas do suspeito ainda foram localizadas gotas de sangue. Foram requisitados ao IGP exame de DNA para se apurar se o sangue é de fato da vítima.
Realizada acareação entre as testemunhas e o suspeito, este não mudou sua versão até o momento. Pela Poliça Civil foi realizada a prisão em flagrante do suspeito, pela ocultação do cadáver e representada pela prisão temporária em relação ao homicídio. Não se descarta algum ato de violência sexual perpetrada pelo investigado, tendo em vista que a vítima estava bastante embriagada, sua roupa foi retirada totalmente e o local é conhecido como ponto de encontro.
Foram realizadas busca pela Poliça Civil e Bombeiros Voluntários, na quinta-feira e na sexta-feira, tanto pelo canil como buscas no rio próximo ao local, e nesta tarde será realizada nova busca. Até o momento o corpo de Nadir não foi localizado. O suspeito deverá seguir preso durante as investigações, aguardando-se a decisão do juiz da Vara Criminal de Caçador.
Informações anônimas podem ser repassadas à Polícia pelo Disque 181 e pelo WhatsApp (49) 99197-0010.
Comentários