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Supersafra do tomate traz prejuízos para produtores de Caçador

  • 31/01/2019
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Tomateiros da região de Caçador estão desanimados com a atual safra. Alguns fatores estão influenciando no preço do produto, como a supersafra e o calor acima da média que antecipa a maturação do fruto.
Ezequiel Pirolli, representante do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sintraf), faz uma avaliação da safra do tomate até o momento. Segundo ele, em algumas praças o valor da caixa não está cobrindo nem os custos da produção.
De 21 a 25 de janeiro, os preços do tomate salada longa vida caíram com força. As quedas mais expressivas foram na Ceagesp de São Paulo, de 31% (R$ 38,00/cx de 20 kg), e na Ceasa de Campinas (SP), de 25% (R$ 39,00/cx). Esse cenário se deve ao excedente de oferta, em função das elevadas temperaturas que estão acelerando a maturação dos frutos, e também à concentração da safra de verão.
Vale ressaltar que tomateiros de Caçador, uma das regiões que mais oferta no momento, estão descartando tomates que já estão maduros, não compensando o custo para comercializá-los. Além de acelerar a maturação, o clima quente e as chuvas prejudicam ainda mais o fruto, deixando-o manchado e mais suscetível a doenças. Os tomates que chegaram aos atacados mais maduros foram vendidos por até R$ 5,00/cx, de acordo com atacadistas consultados pelo Cepea. Com as altas temperaturas, é possível que nos próximos dias os preços ainda se mantenham baixos.
Tomates cozinham no pé em lavoura, por forte calor e chuva no Oeste da Santa & Bela.
A colheita do tomate deveria se estender por mais 30 dias. O pimentão e berinjela também apodreceram no local. Este verão tem sido um dos piores dos últimos anos, para a agricultura na região Oeste do estado.
"Em 2011, deu uma perda muito grande, acho que foi La Niña. Mas igual a esta, fazia tempo que não acontecia com os produtores", conta Pirolli.



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