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Poliça Civil prende dois ex-diretores e um ex-chefe de segurança do xilindró de Caçador

  • 19/12/2018
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Nesta terça-feira 18, dois ex-dires e um ex-chefe de segurança do xilindró de Caçador ganharam o teje preso, pelos crimes de tortura, corrupção passiva e concussão. Segundo a Poliça Civil, presos, funcionários e familiares de detentos estão entre as vítimas dos suspeitos.
Conforme o Dotô Delega Adriano Delfino, responsável pelas investigações, os crimes rolaram entre 2012 e 2018, quando os três atuavam no cadeião.
Dois deles já estavam afastados desde abril, o então dire Antônio Cícero de Oliveira, e o ex-chefe de segurança Ediney Carlos Kasburg. Ambos respondem por um inquérito de improbidade administrativa, movido pelo Ministério Público. O ex-chefe de segurança já cumpria pena pelo crime desde novembro.
Já Felipe Carlos Filipiacki estava exercendo até terça, o cargo de agente prisional em Joaçaba. Ele chegou a ser dire do xilindró de Caçador, e foi posteriormente transferido para o cadeião agrícola de Chapecó, onde também atuou como dire. Em Chapecó, ele foi exonerado do cargo em setembro, depois que a companheira dele foi flagrada dirigindo uma viatura do Deap sem habilitação e sem utilizar o cinto de segurança.
Segundo Delfino, desde o começo do ano corria em paralelo ao inquérito civil o inquérito criminal contra os três. Ao menos 28 pessoas sofreram tortura dos três, conforme a investigação da Poliça Civil.
O caso foi encaminhado a Dona Justa. O Departamento de Administração Prisional confirmou em nota as prisões. "Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (SJC) informa que os agentes penitenciários Felipe Carlos Filipiacki e Antônio Cícero de Oliveira foram presos em cumprimento a mandados de prisões expedidos pela Comarca de Caçador nesta terça-feira (18). As prisões são resultado de um processo de investigação realizado pelo Ministério Público e Polícia Civil de Santa Catarina e está sendo acompanhada pela Corregedoria-Geral da SJC, que está auxiliando no que é requisitada. Todas as medidas legais e administrativas já foram tomadas no âmbito da Secretaria e os detalhes do processo cabem aos órgãos que iniciaram a investigação".

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