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Por falta de manutenção situação das SCs 135, 477 e 350 é precária

  • 27/11/2018
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Por causa da falta de manutenção preventiva, a situação física das SCs 135, 477 e 350, no meio oeste, é precária, mostra estudo da FIESC, apresentado na noite desta segunda-feira 26, na ACIC de Caçador. O levantamento, realizado pelo engenheiro Ricardo Saporiti, avaliou as condições físicas das rodovias SC-135, no trecho de Porto União a Caçador; SC-477, entre Papanduva (BR-116/SC) e Canoinhas; e a SC-350, no segmento entre a BR-153/SC Taquara Verde/ Caçador/ Lebon Régis/Santa Cecília (BR-116/SC).
A SC-135, no trecho que vai de Porto União a Caçador, tem uma extensão de 80,7 quilômetros. No subtrecho de 32,2 quilômetros, que vai de Porto União a Matos Costa, as obras de implantação e pavimentação do trecho foram iniciadas em 2001 e concluídas em 2004, vindo posteriormente, a apresentar inúmeras falhas construtivas, prorrogando a entrega final para o início de 2007. A preços de 2004, estima-se que foram investidos aproximadamente R$ 24 milhões.
Por falta de manutenção, o trecho está em situação precária. O governo da Santa & Bela está iniciando a recuperação de pontos críticos na pista e no acostamento, com obras de reciclagem profunda da base e capa asfáltica, com investimento de R$ 7,5 milhões, aproximadamente um terço do aporte feito em 2004. O subtrecho de 48,4 quilômetros, que vai de Matos Costa a Caçador, foi contratado em 2002 com entrega das obras em 2004 a um custo de R$ 29 milhões.
A SC-477, de Papanduva (BR-116/SC) passando por Major Vieira até Canoinhas, teve as obras de implantação e pavimentação concluídas em 1981. Devido à falta de conservação e manutenção rotineira, a situação física atual é muito precária, exigindo para sua restauração investimentos estimados de aproximadamente R$ 18 milhões.
Em relação à SC-350, foram avaliados 129 quilômetros nos trechos entre a BR-153 /Taquara verde/ Caçador/ Lebon Régis/ Santa Cecília (BR-116/SC). Os 35 quilômetros do subtrecho que vai da BR-153 SC a Taquara Verde, passaram por obras de reabilitação em 2004, mas o pavimento apresenta trincamento, desagregação e afundamento. Essa é a mesma situação do subtrecho que vai de Caçador a Lebon Régis (35 quilômetros de extensão), e do trecho de 30 quilômetros que vai de Lebon Régis a Santa Cecília (BR-116).
O levantamento demonstrou ainda que o governo da Santa & Bela investiu, por meio das superintendências regionais do Deinfra e das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), a média anual de R$ 37,6 milhões, nos exercícios de 2016, 2017 e 2018. Conforme a análise, a malha rodoviária estadual tem 8,3 mil quilômetros e um valor patrimonial de R$ 20 bilhões, mas o Estado investiu o montante médio anual de 0,20% desse valor em conservação corretiva e manutenção preventiva periódica das rodovias, nos últimos dois anos e meio.
"É um montante significativamente reduzido para manter esse valioso patrimônio, acarretando, dessa forma, a exigência de se aplicar valores elevados para realização das obras e serviços de recuperação da base, drenagens profundas, fresagens, capa asfáltica, acostamentos e sinalizações horizontais e verticais, objetivando a revitalização da malha rodoviária", ressalta Saporiti.
Para Gilberto Seleme, 1º vice-presidente da FIESC, as informações técnicas repassadas no conversê devem embasar as autoridades, e alertar para a dificuldade enfrentada pelos empresários, que perdem em competitividade na comparação com outras regiões.
"Gastamos quase 14% no valor de frente, já saímos perdendo, fora todas as outras dificuldades. Então esta discussão é necessária e devemos cobrar soluções. Não queremos apenas tapa-buracos. É necessário um trabalho efetivo de conservação das estradas. Esta é uma das frentes defendidas pela FIESC, que contratou uma equipe para realizar o estudo e fornecer dados técnicos concretos da situação. Estamos atuando na defesa do desenvolvimento do Estado", comenta.
Moacir Salamoni, presidente da ACIC agradeceu a parceria da FIESC no trelelê, que teve o objetivo de compartilhar informações e unir empresas, entidades e a comunidade para buscar soluções. "Temos agora um instrumento oficial para cobrança junto ao Estado para que se tome providencias o mais rápido possível", declarou.

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