Motoras estão sentindo no bolso a carcada do preço da gasolina ao longo dos últimos dois meses o valor do combustível teve reajuste de 5,2%. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O representante do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo da Santa & Bela (Sindipetro), Reinaldo Francisco Geraldi, explica que o aumento da gasolina vai rolar por causa de reajustes da Petrobras e do etanol. Segundo ele, são dois fatores que têm impacto direto, e que devem contribuir para mais crescimentos no preço da gasolina até o fim do ano.
"A tendência é a gasolina aumentar mais ainda se a Petrobras começar a reajustar mais os preços", garante.
Hoje, a política de preços da estatal se baseia nos valores do barril de petróleo no mercado internacional, e na oscilação do dólar. Reinaldo conta que a Petrobras aumentou em 8% o valor da gasolina no acumulado do mês passado, e apenas na primeira quinzena de setembro, o preço teve alta de 5%.
Segundo o representante do Sindipetro, as distribuidoras costumam repassar esses reajustes semanalmente, e na última entrega do combustível, a gasolina chegou R$ 0,06 mais cara.
"Alguns postos passam o valor de imediato e outros acabam segurando, mas vai de cada proprietário o repasse ao consumidor. Com certeza, ao longo da semana eles também vão reajustar", explica.
Reinaldo também salienta que o etanol corresponde a 27% da composição da gasolina, e já começou a ter o preço reajustado por causa do fim da safra. No período entre safras, que continuará até março, os preços tem a tendência de crescer, e consequentemente impactar no valor final da gasolina.
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