A informação é do dire de mercado do Laticínios Tirol, Edson Martins, que concedeu entrevista nesta quarta-feira 23. Conforme ele, a Tirol apoia o movimento dos caminhoneiros, e já emitiu uma nota no início da semana demonstrando isso, já que considera a reivindicação legítima.
Segundo Martins, o cenário atual é insustentável, pois é muito difícil planejar uma empresa e suas atividades, quando o combustível tem um aumento de 50% em um ano. A preocupação da empresa é para que o governo ouça o que está rolando, e a greve possa ser encerrada, porque o país está entrando em colapso.
Edson lembra a falta de combustível em vários Postos de Combustíveis, e também o risco da falta de alimentos, o que já rola nos grandes centros urbanos.
Em relação ao Laticínios Tirol, explica ele, a empresa está fazendo o possível e impossível para trazer o produto do povão da roça até a indústria, mas isso tem se tornado cada vez mais arriscado.
De onde é possível, a empresa está buscando o leite, no entanto, na parte de vendas, a expedição de produtos que era de 200 caminhões diariamente, está parada. Desde a manhã de hoje, nada do que foi industrializado conseguiu sair da empresa.
O dire de mercado reforçou que a Tirol está fazendo tudo que pode para não deixar o produtor na mão, e vai continuar fazendo isso enquanto possível, no entanto o número de bloqueios tem aumentado, e começado a rolar também no interior dos municípios.
Se a greve continuar o próximo passo será cancelar definitivamente a captação, e consequentemente a industrialização, e as atividades do Laticínios até a situação ser normalizada.
Edson Martins avalia que caso a greve continue, em 24 horas 90% das atividades devem ser paralisadas nas fábricas da Tirol.
"Está chegando pouco leite para fábrica. Se continuar os pontos de fechamento, a empresa corre o risco de parar atividade até que a greve se dissipe", finalizou o dire de mercado da empresa de laticínios.
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