A Petrobras reduzirá os preços de diesel e gasolina nas refinarias a partir de quarta-feira. O diesel será reduzido em 1,54%, para 2,3351 reais por litro, no primeiro corte desde 12 de maio. Já a gasolina diminuirá em 2,08%, para 2,0433 reais por litro, a primeira redução desde 3 de maio.
O anúncio ocorre após caminhoneiros realizarem na segunda-feira protestos em 19 Estados contra a alta dos combustíveis e à pressão do membros do governo para conter a escalada de preços. Desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços para os combustíveis, em 3 de julho do ano passado, o óleo diesel subiu 56,5% na refinaria, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) - passou de 1,5006 reais para 2,3488 reais (sem contar os impostos). O aumento acompanhou a cotação do petróleo no mercado internacional, exatamente a intenção da estatal. Mas, para os caminhoneiros, essa alta vem tornando sua atividade inviável.
O governo fez uma reunião na noite da segunda-feira para discutir a questão, mas não conseguiu chegar a uma decisão. Hoje de manhã, houve novo encontro entre o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.
Ao final da reunião, Parente disse que a Petrobras não mudará sua política para os preços dos combustíveis,. Segundo ele, a redução no preço da gasolina e diesel anunciada hoje ocorreu pela variação do câmbio.
A estatal tem praticado desde julho do ano passado reajustes até diários dos combustíveis para seguir as cotações internacionais, mas uma alta nos preços do petróleo neste ano tem levado os preços da gasolina e do diesel às máximas nas refinarias desde o início dessa política.
"A redução de hoje é simples de entender, uma redução importante de câmbio ontem.. Então é prova de que essa política funciona tanto na direção de subir os preços quanto de cair os preços", disse Parente após a reunião com ministros.
O dólar fechou a segunda-feira com queda superior a 1%, abaixo do patamar de 3,70 reais, após ter subido nos seis pregões anteriores, depois de atuação mais forte do Banco Central no mercado de câmbio, fator também considerado na política da Petrobras.
"Mas eu quero enfatizar mais uma vez que já na abertura da reunião nos foi comunicado que em hipótese alguma, em nenhum momento, passou pela cabeça do governo que poderia pedir qualquer mudança numa política que é da exclusiva alçada da Petrobras", adicionou o executivo.
Segundo ele, o governo está preocupado com a alta nos combustíveis, mas avalia neste momento as ações que poderia tomar sem entrar na alçada da Petrobras.
Desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços para os combustíveis, em 3 de julho do ano passado, o óleo diesel subiu 56,5% na refinaria, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) - passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488 (sem contar os impostos). O aumento acompanhou a cotação do petróleo no mercado internacional, exatamente a intenção da estatal. Mas, para os caminhoneiros, essa alta vem tornando sua atividade inviável.
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