Dados do Ministério Público Federal (MPF) apontam que o Município de Caçador caiu significativamente no ranking da transparência a nível federal e estadual. Os números foram apresentados nesta terça-feira 5, na Câmara Municipal, pelo abóbrão-mor, Rubiano Schmitz.
Segundo o estudo do MPF, em 2015 o Município ocupava a 32ª colocação no ranking nacional e a 11ª no estadual. Em 2016, caiu para a posição 746ª no cenário nacional e para a 156ª no estadual, diminuindo consideravelmente a transparência no que se refere a administração e gestão dos recursos públicos.
Rubiano aponta como possível causa para estes números negativos a mudança de empresa que gerencia o sistema de dados da Prefa. Ele lembra que até o ano de 2015 os serviços eram prestados pela empresa Bheta Sistemas, de Criciúma, responsável até então por todas as informações, inclusive o transparência. No ano de 2016, a empresa Pública Informática, de Blumenau, venceu a licitação e passou a operar no Município.
Com a mudança todo o banco de dados anterior a 2016 acabou sendo tirado do ar. A empresa Pública, segundo Rubiano, alega que sua antecessora não teria repassado as informações.
"A situação é grave e quem perde é o próprio cidadão que não consegue acompanhar a execução dos serviços e a gestão do dinheiro público. Num momento em que se fala tanto em transparência e da importância de se demonstrar o que acontece na administração pública nos deparamos com uma situação dessa. É lamentável", disse o abóbrão-mor.
Ele ainda sugeriu que a Administração Municipal faça averiguações do motivo desta queda e, caso envolva a empresa que presta os serviços relacionado à transparência, que sejam tomadas as providências cabíveis.
Contribuindo para o assunto, Cleony Figur lembrou que na Legislatura passada foi possível apontar inúmeras irregularidades através do Portal da Transparência, enaltecendo a importância dessas informações estarem acessíveis à população.
Vale ressaltar ainda que os dados de 2017 não foram divulgados e as informações podem ser confirmadas através do site do MPF.
Comentários