De acordo com o vice-presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, que conversou há alguns dias com o responsável pela Azul Linhas Aéreas, ainda existem quatro linhas disponíveis para implantação dentro da companhia.
De acordo com Seleme eram seis, mas duas já foram instaladas, restando outras quatro no cronograma da empresa para os próximos meses. Na opinião de Seleme, por isso a importância da conclusão das obras do aeroporto, para que Caçador entre neste pacote que a empresa está disposta a investir hoje. Do contrário talvez tenha que esperar muito mais tempo.
O responsável pela empresa revelou para Seleme qual seria o trajeto das linhas que passariam por Caçador. No sentido Norte-Sul partindo do Rio Grande do Sul, passando por Caçador e pelo Paraná com destino a Campinas (SP) e no sentido Leste-Oeste passando por Caçador com destino a Florianópolis.
Seleme disse que está muito próximo do assunto se resolver. O prefeito Saulo Sperotto (PSDB) se comprometeu com o governador em adiantar os recursos necessários para realizar as obras que faltam e o governador se comprometeu em devolver estes recursos assim que eles estiverem disponíveis. E uma ideia é devolver com recursos do Fundam 2.
Hoje o aeroporto de Caçador opera no visual. Para receber voos domésticos e regulares é necessário a implantação da operação por aparelhos homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para a instalação da operação por aparelhos é necessário ainda a finalização da estruturação de acessos e mobiliário (raio x) do terminal de passageiros.
Também será necessária uma nova pintura de sinalização da pista e o recapeamento das cabeceiras. O grande problema destas duas últimas questões é que as empresas que realizam estes serviços precisam ser homologadas pela Anac. O que pode resultar em mais tempo para a realização dos serviços.
De qualquer maneira, para Seleme, o sonho de ter uma linha aérea em Caçador está muito mais próximo do que esteve há algum tempo e esta conquista será fruto da união da sociedade organizada, do poder público e dos empresários.
Caçador é a maior cidade do Centro-Oeste, está longe de outros aeroportos e necessita de transporte aéreo por dois importantes motivos: tem uma forte economia exportadora e é a segunda cidade do Estado que mais doa órgãos para transplante. Segundo o presidente da Acic, a região está perdendo investimentos pela falta do aeroporto.
No sábado, os deputados Mauro Mariani e Valdir Cobalchini estiveram na cidade para tratar do tema com o presidente da Associação Comercial e Industrial (Acic), Moacir Salamoni, e o vice-presidente da Fiesc para a região, Gilberto Seleme. Na foto, a partir da direita, Mariani, Salamoni, Seleme e Cobalchini.